Na manhã de hoje um grupo de comunitários da Comunidade Santa Marta e Rio Piorini estiveram na Câmara Municipal de Manaus (CMM), reivindicando políticas públicas na área de habitação. Eles ocuparam a galeria da Casa juntamente com um grupo de moradores do bairro Alvorada que apoiavam as atitudes do prefeito Amazonino Mendes (PTB).
Os comunitários empunhavam cartazes dizendo que queriam a visita do secretário de Assistência Social na área de risco onde residem. Todos afirmavam que não estavam ali para brigar com ninguém, mesmo sendo agredidos verbalmente pelos apoiadores de Amazonino, que em razão do episódio envolvendo a dona-de-casa Laudenice Paiva, 37, no dia 21 deste mês, teve o seu pedido de impeachment protocolizado no último sexta pelo vereador Joaquim Lucena (PSB).
O presidente da Câmara, vereador Isaac Tayah conversou com os comunitários do lado de fora da galeria “não queremos só desculpas, queremos que seja criada uma solução definitiva para este problema de habitação”, disse ainda que quem vem de fora é irmão desta cidade, pois a ajuda a construí-la. O vereador se comprometeu a visitar a comunidade na tarde da terça-feira.
Laudenice também estava na CMM. Falamos um pouco com ela, leia abaixo.
Blog JSB-AM: A senhora vem sendo hostilizada nas ruas?
Laudenice: As pessoas me apontam, me sinto muito mal. Algumas me apontam e dizem que eu tenho que morrer mesmo, como seu eu não prestasse.
Blog JSB-AM: Por que decidiram vir até a Câmara Municipal?
Laudenice: Viemos aqui em busca dos nossos direitos, não queremos brigar como muitos estão dizendo. Eu fui eleitora do Amazonino, confiei nele.
Blog JSB-AM: Se a senhora encontrasse com o prefeito Amazonino hoje, após ele ter lhe dito aquelas palavras, o que a senhora diria a ele?
D. Laudenice ouve atenta as palavras do presidente da CMM |
Laudenice: Como disse, eu votei nele, confiei nele, nas propostas dele para nossa cidade. Eu não saberia o que falar, me sinto muito mal desde aquele dia.
Laudenice: Não adianta pedir perdão, ele já falou e não dá para voltar atrás. Eu jamais falaria para ele o que ele disse para mim.
Ver. Isaac Tayah: "somos solidários a qualquer sentimento contra o preconceito seja de raça ou contra quem vem de fora" |
Conversamos com a D. Laudenice acompanhados de perto pela Guarda Metropolitana |
Texto: Paulo Roberto
Fotos: Sérgio Cardoso
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