O primeiro texto é de Márcia Rebeca e faz uma análise da 1a. Conferência Nacional de Juventude com link para a 2a. Conferência.
2011 é ano de conferência!
Márcia Rebeca - Conselheira Estadual de Juventude
A juventude está na pauta do desenvolvimento do Brasil, com maior ou menor preocupação de alguns setores, mas o fato é que, hoje, discute-se juventude muito mais que outrora.
Os jovens têm protagonizado grandes ações mundo afora. Egito, Portugal, Tunísia e Espanha são alguns exemplos de que a juventude está na ativa e, muitas vezes, insatisfeita. No Brasil, não poderia e nem deveria ser diferente. Porém o engajamento acontece de forma mais tímida, muito pelo fato de esta geração ser produto do sistema capitalista vigente, excludente e individualista que cria a ilusão de que os problemas coletivos de outros grupos nada tem a ver com o individualismo de cada um. O estímulo à participação e ao protagonismo juvenil é pouquíssimo valorizado pela sociedade brasileira. Poucos são os espaços para que os jovens sejam de fato ouvidos.
Em 2008, foi realizada a 1ª. Conferência Nacional de Juventude. Por ser a primeira, ela foi um marco em diversos aspectos como a dificuldade de mobilização e ausência de divulgação da grande mídia. Mais de 100mil jovens participaram de todas as etapas da conferência e escreveram páginas importantes na história da juventude brasileira. Foram aquelas em que tais pioneiros expuseram as inúmeras desigualdades nas diversas relações sociais de nosso país, desigualdades essas que a maior parte dos brasileiros parece fechar os olhos.
Os anseios foram transformados em bandeiras de luta e, graças ao envolvimento e militância incansável de diversas pessoas, garantiu uma das maiores conquistas da juventude: a inclusão dos jovens como sujeitos de cuidados prioritários na Constituição Federal. O Estatuto da Juventude foi amplamente debatido e está aguardando a votação no Senado. São muitos os avanços, mais muito ainda precisa ser feito e esta é a hora de reunir novamente.
A 2ª. Conferência Nacional de Juventude vem para somar diferentes causas, observar o que os jovens reivindicam e, principalmente, superar o desafio de colocar estas reivindicações em prática, com acompanhamento, transparência e democracia. A Conferência deverá ser mais uma marco de interação e compromisso entre Governo e Sociedade Civil, para a construção de uma nova realidade, onde a miséria cultural, educacional, esportiva, participativa que assola a juventude seja extinta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário