9 de nov. de 2010

escritos

Escritos da JSB-AM

O texto de hoje é de Débora Polyana, acadêmica de Biblioteconomia da UFAM e militante da JSB. Hoje está como vice-presidente da JSB-Manaus. O texto faz uma abordagem sobre a Assistência Estudantil. Boa leitura.   
Durante anos de luta em todo o país, o Movimento Estudantil teve mais uma conquista, ao que diz respeito à ampliação do acesso a Universidade Pública. No entanto, não podemos esquecer que ao falar em acesso, é preciso falar em permanência.  Afinal, estudando nessas instituições, estão ricos e pobres. Sendo assim, pouco adianta a inclusão dos estudantes de baixa renda na Universidade se não for assegurada a sua permanência ativa na vida acadêmica.
Assistência Estudantil é um conjunto de políticas que permitem a permanência e o aproveitamento dos estudantes de baixa renda no Ensino Superior. Esse conjunto de políticas que poderiam tornar democrática a passagem desses alunos pela Universidade, vem sido esquecida pelos dirigentes dessas instituições.
Há equivocados, que afirmam que este é um assunto secundário ou sem importância, por não acreditar que não existe relação com o ensino propriamente dito. No entanto o fator socioeconômico é determinante no desempenho acadêmico. Podemos observar isso ao considerarmos a parcela de estudantes privilegiados que tem condições de dedicar-se exclusivamente aos estudos e a grande parcela que enfrenta dupla jornada: a de trabalhador assalariado e a de estudante, e esta última que por vezes fica comprometida devido a sobrecarga de tarefas.
É considerável o aumento dos investimentos do Governo Federal em Educação Superior. A ampliação de vagas, contudo, deve estar associada a uma consistente política de assistência estudantil, para garantir a permanência e a conclusão do curso. Mas, infelizmente, como já citado, os dirigentes das instituições de ensino não vem dando muita importância a essa questão.
Um exemplo disso é a nossa própria UFAM. Onde a assistência estudantil é pouco valorizada, podemos observar pela comida oferecida no Restaurante Universitário (onde o estudante paga R$1,20 e a Universidade R$3,80) e a comida não é tão saborosa. O próprio espaço destinado ao RU é precário, não cadeiras, mesas e talheres suficientes a demanda. Outro exemplo é a Casa do Estudante Universitário, o CEU, que de “céu” não tem nada, onde a moradia e o bem-estar do estudante deixam a desejar. São tantas as DES assistências que nossa Universidade nos “proporciona”, que não sobraria espaço para falar da deficiência do conjunto de políticas de assistência estudantil de nossa Universidade.
Caros colegas depois de muita luta, obtemos conquistas na ampliação do acesso à Universidade Pública; temos certeza que também teremos vitórias no que diz respeito à assistência estudantil e democratização em nossa Universidade, se continuarmos esta batalha em prol do Movimento Estudantil.


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